22 março 2018

CONCURSO DE POESIA BIBLIOTECA SEOMARA 2018




Punição silenciosa

Gritam-me aos ouvidos!
Vadios de vidas certas,
Esvaziam-me aos poucos
Com ideias cheias, de minudência.

Traçam percursos de caminhos meus e com berros ensurdecem a existência.

Amarram-me a certezas,
Matam-me os sonhos
E vendem-me em feiras
Para serem ricos.

Alastram em mim desgraças,
Apontam rumos,
Proíbem-me de chorar,
 Não me deixam sequer pensar.

Querem que seja deles,
Como eles,
Como todos,
Como alguém.
Mas a mim pouco me importa se serei uma cópia, mesmo que do bem, enquanto
For cópia não serei ninguém.

Sabem lá vocês,
como é acordar vestido de mim para virem falar de silêncios que só se ouvem aqui.

Normas impregnadas,
Em ruas pintadas de seres que se dizem humanos.
Guerreiam vidas, traçando mortes.
Sinto as lágrimas dos vossos sorrisos, destinados a pontos fixos.

Sociedade, punição silenciosa
Até posso ser vagabundo da minha confusão, perdido ou não,
Sou o “eu “da minha razão.

E vou feliz por ter sonhos a uivar por cima de gritos que me fazem parar.

E se me puserem de parte por não encontrarem o meu lugar.
Vou apenas chorar e quando pensar…
Ei-de rir noites sem parar!
Perdidos estão vocês que nunca buscam nada para lá da morada.

Sou louco no meio de tanta concepção.
Mas só eu sinto o meu coração.
Eu é que sei!
Se vou para aqui ou para ali.
Um dia mostro-vos o apagão que acendi.


ANA FILIPA ELEUTÉRIO, 12º 1 – 1º Prémio, 2º escalão


Eutanásia mundial

Com honestidade faz-me tremer o que a consciência me transmite,
O que a religião esconde e a sociedade emite,
Tudo aquilo em que não acredito, e se torna mais real,
Todas as palavras que não valem nada, cada atitude crucial,
Cada “não” firme e injusto, cada ênfase cruel,
Cada sorriso de anjo em pele de cascavel,
Cada sentimento não sentido, cada perda de tempo,
Cada noite nostalgicamente colorida, cada dia coloridamente cinzento,
Cada observação do exterior, cada visão do inferno,
Cada verão mais gelado… como é quente o inverno!
A revolta é algo que não cabe, porque não tem tamanho, só forma,
Porque nunca sou aquilo em que me transformo, sou aquilo que me transforma,
Porque nunca sou aquilo que penso, sou aquilo que faço,
Porque a alegria é reconhecimento, só ela compensa o cansaço,
Porque eu podia lutar sozinha por um mundo mais habitável, mas não conseguia,
Porque eu sempre tentei tudo sem as ideias de ninguém, e porque sei que tu também podias!
Um grito de liberdade nunca acordaria um monte de gente adormecida,
E a força de uma alma velha não compensa uma enfraquecida,
E quem me dera, acredita, que visses tudo aquilo que eu vejo,
Que as ilusões te fossem tiradas, e visses que tudo o que imaginas é desejo,
Eu isso é tudo uma fantasia, que o mundo não está assim,
Pode tornar-se nisso, mas por agora caminha a passos largos para o fim…
Mas afoga toda essa dor, todo o rancor,
São duas doses de eutanásia, por favor.

MARIANA CASTRO, 11º 6 – 1º Prémio, 2º escalão




Sonho…


Um dia o sonho nasce,
E não sabemos o que fazer,
Se devemos lutar por ele,
Ou simplesmente esquecer…
Sabemos logo à partida,
Não ser fácil de realizar,
Mas de que nos vale esta vida
Se deixarmos de sonhar?
Se desistirmos vem a culpa,
De não termos tentado,
 E não saberemos o gosto,
De o vermos realizado…
Resolvi lutar pelo meu,
Acredito que vou conseguir,
E por cada etapa superada,
Mais esperança construir…


TÂNIA SOUSA, 3º TT – 3º Prémio, 2º escalão






















Ser Poeta…


Parece que vive,
Num mundo diferente,
Vê emoção em todo o lado,
Transmite o que sente…
Com algumas gotas de orvalho,
Escreve um belo poema,
Voa ao sabor de vento,
Sentir o que ama, é o lema…
Vive o impossível,
Duvida da certeza,
Na felicidade vê angústia,
No amor vê tristeza…
Refugia-se no seu mundo,
Vive num mundo à parte,
De um simples rabisco,
Faz uma obra de arte…
Todos temos dentro de nós,
Um poeta sem querer,
Mas desengane-se quem pensa
Que ser poeta é só escrever…



MARIA DE FÁTIMA LAPA (encarregada de educação) – 1º Prémio, 3º escalão


















À Espera d’Afundar


Navio que teima em estar ancorado,
Que não navega,
Que não sorve as ondas
E pela espuma é envolvido.
Que não é navio!
É penedo!
É rocha seca
Que o mar não umedece
E não consegue refrescar.

Navio naufragado
Cantado em triste fado,
Não tem leme que o vire
Nem força para navegar.
Quilha quebrada pelo tempo
Que o fez quebrar,
É rochedo, poiso d’aves,
Tatuagem de lodo e lapa
Que o esconde
De si,…(e) de todos.

Navio preso à âncora,
A correntes que o acorrentam
E que a corrente não quebra.
Navio sem remédio
Que deixou de o ser,
Á espera só d’afundar.

PAULO DE LEMOS (docente) – 1º Prémio, 3º escalão







O som do teu riso

O som do teu riso
São beijos que recebo.
São descobertas,
Portas que são abertas,
Sabores que degusto e bebo.

O som do teu riso
Trás o fim da tristeza,
As cores de um amanhecer,
Que anseio sempre ver
Em esperança, de novo, acesa.

O som do teu riso
É uma suave melodia
Que abre os rudes horizontes,
Que nos perigos constrói pontes
E abre caminho a um novo dia.

O som do teu riso
Rasga a dor que, em mim, sustento;
Quebra a pedra mais dura
E descobre vida e cura,
Que não passam com o vento.

O som do teu riso
Faz suavizar a tormenta.
Traz-me a vontade de viver,
No desejo de o ouvir e ver
Em amor que, em mim, aumenta.


PAULO DE LEMOS (docente) – 3º Prémio, 3º escalão

20 março 2018

OS TRABALHOS DO CLUBE DE INGLÊS





ISLÂMICOS 14:38


Numa iniciativa da Biblioteca Escolar Seomara, no auditório da ESSCP, dia 8 de março às 11h 45, Isaac Jaló apresentou o seu livro.
SINOPSE
“E, depois de escutar a história de Umar, conviver com Safiya e conhecer aquele lado de Mustafa, convenceu-se mais ainda sobre isso. Afinal, eram pessoas com múltiplas emoções e perspetivas, todas elas diferentes, unificadas pela crença em Deus. E era esse o grande traço de separação, a crença.”
Num mundo onde os valores morais são postos à prova diariamente, vive Fatumata, adolescente nascida e criada no seio de uma família de muçulmanos, cujas tradições lhe estão marcadas a ferro e fogo no corpo e que vê a sua inocência ser-lhe arrancada da alma, impotente. É na sua crença que vai encontrar a força para escolher um novo caminho para percorrer. Esta é a história do amor, da fé, da vontade e da perseverança, contada pela voz de alguém que acredita.

08 março 2017

OS PAÍSES DA COMMONWEALTH

Estão já em exposição, na nossa Biblioteca, os trabalhos dos alunos sobre os Países da Commonwealth.





18 maio 2016

VEJA O PROGRAMA: O Estranho Caso do Mário de Sá-Carneiro



O Estranho Caso do Mário de Sá-Carneiro

EXPOSIÇÃO NO ÂMBITO DO CENTENÁRIO DA MORTE DE MÁRIO SÁ-CARNEIRO


Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
Mário de Sá-Carneiro












07 abril 2016

CLUBE DE INGLÊS

Estão expostos , no espaço da nossa Biblioteca, os trabalhos dos alunos de 11º ano, no âmbito do aniversário da morte de Shakespeare.





Teatro na Escola

No próximo dia 13 de abril, terá lugar, no auditório da escola, a representação da peça QUEM QUER SER SARAMAGO.


16 fevereiro 2016

CLUBE DE INGLÊS


Exposição de trabalhos : " English Speaking Country"

 

27 janeiro 2016

SEMANA DA MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO
25 a 29 de janeiro de 2016